sábado, 28 de junho de 2008

Novidades Assírio & Alvim para este Verão

Brevemente disponíveis nas livrarias (a partir de dia 10 de Julho), dois novos livros:


O Inútil da Família
Jorge Edwards
tradução de Helder Moura Pereira



Edição brochada (416 pp.)
Classificação: Biografia com factos ficcionados
Preço: 25 €


Quando Jorge Edwards começou a escrever, em plena adolescência, num mundo que estava muito longe de o destinar à literatura, teve conhecimento de um parente próximo que ninguém referia na família, um fantasma, um marginal, um maldito da sua época: Joaquín Edwards Bello. Joaquín recebeu o Prémio Nacional de Literatura de Chile em 1943 mas a sua vida acidentada e aventureira, a sua paixão pelo jogo, o seu inconformismo e rebeldia social, naqueles anos escandalosa, já o tinham convertido numa lenda viva.
Jorge Edwards seguiu apaixonadamente a história deste seu tio avô. Joaquín, o tio Joaquín, conheceu os palacetes da América e da Europa mas cedo desceu ao fundo da noite: aos bares e tabernas de má sorte, aos prostíbulos e aos albergues clandestinos. Viveu uma vida acidentada entre Madrid, Paris, Valparaíso e Santiago. Porém, descobrindo semelhanças e contiguidades, tanto de origem como de biografia, o livro acaba por construir uma teia de múltiplas relações em que as duas vidas — e as duas obras — se fundem e entrelaçam.
O Inútil da Família é um extraordinário desfile de personagens, uma caixa de surpresas que nos transporta a mundos extremos e nos leva a assistir, por dentro, a um destino fora do comum, belo mas pleno de riscos e, sem dúvida, trágico.
Sobre o autor:
Jorge Edwards nasceu em 1931, no Chile. Estudou Direito e Filosofia, primeiro na Universidade de Santiago do Chile e depois em Princeton. Trabalhou como diplomata durante o governo de Salvador Allende, e como secretário de Pablo Neruda. Viveu no exílio em Espanha após o golpe de estado de Pinochet, regressando ao Chile no princípio dos anos 80. Actualmente Edwards dedica-se à escrita, ao ensaio e ao jornalismo, assinando uma coluna no El País. Tem vindo a receber diversos prémios pela sua obra literária, entre eles o Prémio Cervantes e o Prémio Nacional de Literatura de Chile. Já em 2008 foi galardoado com o prestigiante Prémio Planeta Casa América pela sua novela A Casa de Dostoiévskii, a publicar brevemente.



O Heresiarca e C.ª
Guillaume Apollinaire
tradução de Aníbal Fernandes



Edição brochada (224 pp.)
Classificação: Contos
Preço: 14 €


Guillaume Apollinaire: audacioso nos temas, na versificação, na sintaxe, «primeiro poeta moderno» — afirmou-se muitas vezes sem contestação.
Mas também escreveu prosa: frequentou as margens do erotismo pornográfico, do romance histórico com os brilhos do exotismo, livros de género inclassificável, como L'Enchanteur Pourrissant, La Femme Assise, Le Poète Assassiné. Quando publicou O Heresiarca & C.ª, o seu mais logrado livro de contos, incomodou as realidades do quotidiano com visões fantásticas e cruéis, leu os dogmas católicos de forma irónica e traiçoeira, tudo dissolveu em atmosferas turvas para um desfile de assassinos candidatos à canonização, falsos messias, devotos blasfemos, bêbados luxuriosos, santos heterodoxos…
Supôs-se, em 1910, que este livro destiná-lo-ia ao Prémio Goncourt, mas naufragou nas últimas
voltas da votação. De vida, iam restar-lhe oito anos: os que viveu como era de há muito seu hábito, em mansardas de Paris, fogoso nos amores, inovador em versos, até à guerra que lhe pôs na cabeça trepanada uma estrela, até à gripe fatal, a «espanhola», a «pneumónica», que o matou e enterrou no Père-Lachaise em Novembro de 1918.

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