quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dia Mundial da Fotografia

19 de Agosto de 1839 - Louis Daguerre apresenta a primeira máquina fotográfica. Hoje, Dia Mundial da Fotografia, sugerimos uma visita à colecção Livros de Fotografia da Assírio & Alvim.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Encerramento do Espaço Pessoa & Companhia

Na próxima sexta-feira, dia 14 de Agosto, encerraremos o Espaço Pessoa & Companhia. Tendo-se tratado, desde o princípio, de um projecto a prazo, registamos com grande entusiasmo o grande número de pessoas que nos visitaram e prometemos regressar em breve, noutro espaço e com outro projecto em torno da literatura e das artes plásticas.

Dia 14 de Agosto será também a data de encerramento da exposição de Miguel Branco, «Trabalhos Recentes». Dois motivos mais do que suficientes para uma festa de encerramento que se prevê animada e para a qual o/a convidamos desde já. E se os acepipes não forem suficientemente convincentes, aproveite para visitar a Feira das Viagens, onde poderá encontrar fantásticos livros com grandes descontos.

A partir das 18h30 no Espaço Pessoa & Companhia, no Largo de São Carlos em Lisboa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Carlos de Oliveira — 10/08/1921 § 01/07/1981


O CÍRCULO

Caminho em volta desta duna de cal, ou dum sonho mais parecido com ela do que a areia, só para saber se a áspera exortação da terra, o seu revérbero imóvel na brancura, pode reacender-me os olhos quase mortos.
O que eu tenho andado sobre este círculo incessante; e ao centro o pólo magnético ainda por achar, a estrela provavelmente extinta há muito, possivelmente imaginada, conduz-me sem descanso, prende-me como um íman ao seu rigor já cego.

domingo, 9 de agosto de 2009

Mário Cesariny § 9/8/1923 — 26/11/2006


in Poemas de Mário Cesariny; ditos por Mário Cesariny.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Edmundo de Bettencourt § 7/8/1899 — 1/2/1973

AR LIVRE


Enquanto os elefantes pela floresta galopavam
no fumo do seu peso,
perto, lá andava ela nua a cavalgar o antílope,
com uma asa direita outra caída.
E a amazona seguia…
e deixava a boca no sumo das laranjas.
Os olhos verdes no mar.
O corpo em a nuvem das alturas
— a guardadora
da sempre nova faísca incendiária!

in Poemas de Edmundo de Bettencourt; ed. Assírio & Alvim, 1999.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Morreu o poeta e filósofo M.S. Lourenço

Faleceu no dia 1 de Agosto, na companhia dos familiares mais próximos, o poeta e filósofo M. S. Lourenço. Tinha 73 anos e morreu após uma luta prolongada com o cancro.

Nascido em Sintra, a 13 de Maio de 1936, Manuel dos Santos Lourenço licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, partindo para a guerra colonial em Angola em Julho de 1961, experiência traumática que o marcaria para toda a vida. Já antes (1960) saíra em Lisboa o seu primeiro livro, O Desequilibrista, onde juntou textos em verso, em prosa e em registo dramático. Em 1962 foi publicada, sob o pseudónimo Alexis Christian von Gribskoff, a primeira edição de O Doge (2ª edição alterada, 1998), um romance miniatural cuja originalidade de conteúdo não tem paralelo na literatura portuguesa.

De resto, M.S. Lourenço seguiu sempre um caminho individual, alheado de tudo o que se passava à sua volta nas letras nacionais, razão pela qual a sua obra poética permanece ainda hoje desconhecida do público em geral. Seguiram-se mais tarde outros livros de poesia: Arte Combinatória (1971), Wytham Abbey (1974), Pássaro Paradípsico (1979, com magníficas ilustrações originais de Mário Cesariny) e Nada Brahma (1991). No campo do ensaio literário, ficaram célebres as crónicas d’ O Independente, mais tarde coligidas no volume Os Degraus do Parnaso (1991), que ganhou o Prémio D. Diniz da Fundação da Casa de Mateus.

No campo filosófico, M.S. Lourenço prosseguiu os seus estudos na Universidade de Oxford (1965-1968) e traduziu o Tratado Lógico-Filosófico e as Investigações Filosóficas de Ludwig Wittgenstein (Fundação Gulbenkian). É autor de A Espontaneidade da Razão (Imprensa Nacional) e Teoria Clássica da Dedução (Assírio & Alvim).

M.S. Lourenço casou duas vezes: da primeira mulher, Manuela, teve dois filhos, o helenista Frederico Lourenço e a bailarina clássica Catarina Lourenço. Da segunda mulher, a psicanalista austríaca Sylvia Wallinger, teve uma filha, Leonor, que morreu vítima de leucemia aos 20 anos em 2001. Foi professor catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa até se jubilar aos 70 anos.

 

A sua obra poético-literária reunida será lançada pela Assírio & Alvim no Outono deste ano, com o título O Caminho dos Pisões.