sexta-feira, 27 de novembro de 2009

BLACKPOT

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mário Cesariny § 9/8/1923 — 26/11/2006

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Obra Completa de Dennis McShade

Com a recente edição do inédito Blackpot, está finalmente disponível nas livrarias a Obra Competa de Dennis McShade [Dinis Machado]
«Pode-se vomitar tudo menos o medo e a solidão. Esta frase idiota fora-lhe dita, uma vez, por um médico que morrera atropelado por um camião. Continuou a olhar para o espelho e tentou sorrir da ideia. Mas não sorriu.» [Blackpot]

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Maria Gabriela Llansol § 24-11-1931 / 03-03-2008

24

A narradora olha o tempo que está caindo às
Águas em fragmentos. Cada presença recordante
Oscila nelas a caminho. Seu sonho é uma escrita
Nomeante que adiante. «Nada de seguro», se assim
Quiser chamar-se o Tempo. Se tivesse sido ela a
Redigir o Génesis, em vez dos padres de Jerusalém,
Teria prestado a Iavé um outro impulso para a
Criação. «E Iavé disse ao homem: “Tirei-te do barro.
Dotei-te de escrita abundante e de palavra rara.”»










segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Herberto, os índios Guaranis, a literatura e o cinema


–Instruções–
(Guaranis)


«Quando está prestes a nascer uma criatura que alegrará
quem ostenta a insígnia da masculinidade,
o emblema da feminilidade,
envia à terra uma palavra-alma para nela encarnar»,
disse o Pai Primeiro
aos pais verdadeiros das palavras-almas dos filhos.
«Então à boa palavra-alma que enviares à terra, para nela encarnar,
dirás:
enfrenta com muita força a morada terrestre;
mesmo que todas as coisas se ergam contra ti,
enfrenta-as com muita força.
Guarda-me no teu coração.
Farei com que a minha palavra circule em ti e te inspire.
Guarda-me no teu coração.
Farei com que os meus inúmeros e secretos filhos excelsos
digam palavras inspiradoras.
No tamanho do coração, no dom de esconjurar os malefícios,
não haverá na terra ninguém como os meus inúmeros e
secretos filhos excelsos.
Então, quando estiveres com muita força na morada terrestre,
inspirado pelas palavras-almas,
nada te alcançará com tanta força na morada terrestre,
nada contra a tua palavra-alma inspirada com muita força.»

Poemas Ameríndios, poemas mudados para português por Herberto Helder, Assírio & Alvim, 1997.


«Birdwatchers, seleccionado para a competição no Festival de Veneza, chama a atenção para a luta dos índios Guarani-Kaiowá do Brasil, cujas terras estão a ser destruídas para a produção de bio-combustíveis para automóveis e outros veículos.»

Herald Tribune

«[...] a questão era “como” fazer o filme, com que linguagem cinematográfica, com que estratagemas. Sabia que o problema principal seria escolher os actores que interpretariam aquelas histórias. Mas que actores profissionais poderiam fazê-lo? Depois encontrei a resposta a esta pergunta numa tarde, durante uma reunião com uma autoridade do governo: aqueles homens e mulheres indígenas que observavam enquanto falavam em voz alta com as autoridades de Brasília possuíam uma arte retórica sofisticada, sabiam falar num modo convincente, com grande controlo das palavras e do corpo. A partir daquele momento tive a certeza absoluta de que o filme existiria apenas se conseguisse tornar aqueles indígenas os seus protagonistas. Sem eles não faria sentido. A fim de confirmar aquela minha primeira intuição pedi a um jovem indígena de nome Osvaldo, da comunidade de Ambrósio, se lhe interessava ser actor num filme. Perguntou-me o que queria dizer ser actor num filme, e eu respondi-lhe que ser actor significava representar uma personagem, que tinha necessidade de aprender a recitar. Ele pensou nisso durante um segundo e respondeu-me “mas eu já recito todos os dias”. “E quando?”, perguntei: “Todos os dias, quando rezo” respondeu. Os seus rituais são representações “teatrais”, manifestações e diálogos com Nhanderu, o seu Deus. Recitar está presente na sua tradição milenar.»
Marco Bechis, realizador de Birdwatchers – A Terra dos Homens Vermelhos (fotos acima), em exibição numa sala perto de si.


Também na Assírio & Alvim: Colecção «Coisas de Índios»

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Assírio & Alvim no Chiado

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Inauguração no Chiado e Lançamento de Blackpot – HOJE

(clique na imagem para a aumentar)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

«As Voltas de um Andarilho - Fragmentos da vida e obra de José Afonso» é lançado hoje ao fim da tarde

Viriato e Zeca (1980)
«Os Couple Coffee vão participar na sessão de lançamento d'As Voltas de um Andarilho, que se realiza dia 17 de Novembro, terça-feira, pelas 19 horas, no Museu da República e Resistência, em Lisboa. A apresentação do livro será feita pelo jornalista João Paulo Guerra.
O grupo de Luanda Cozzetti e Norton Daiello, que protagonizou um dos mais interessantes trabalhos de recriação de músicas de José Afonso (que resultou no CD Co'as Tamanquinhas do Zeca, ed. Transformadores, 2007), vai interpretar alguns temas do criador de "Maio Maduro Maio" durante a apresentação d'As Voltas de um Andarilho.
Publicada com a chancela da Assírio & Alvim, esta nova versão, corrigida e aumentada, do livro de Viriato Teles sobre José Afonso surge no mercado vinte e seis anos após a publicação do primeiro esboço, em forma de caderno de reportagem, e decorridos que são dez sobre a primeira publicação no formato actual. Além das prosas originais, esta edição inclui vários textos novos e uma discografia exaustiva das versões de temas de Zeca por outros intérpretes.
O lançamento d'As Voltas de um Andarilho decorrerá no auditório da Biblioteca-Museu da República e Resistência, na Rua Alberto de Sousa, 10-A (bairro do Rego, junto à Av. das Forças Armadas). A entrada é livre, sujeita à lotação da sala.»
Texto e imagem colhidos em http://andarilho.viriatoteles.net/

domingo, 15 de novembro de 2009

Coppola, Artaud, Vincent Gallo


«Embora a personagem interpretada por Vincent Gallo seja totalmente ficcional, Francis Ford Coppola e a sua equipa inspiraram-se em vários escritores famosos, sobretudo para determinar a personalidade e o olhar de Tetro. “Tetro é um homem criativo, um poeta, mas ele está infligido de dor, o que lhe dificulta exprimir-se, sendo essa a razão pela qual foi levado para um hospital psiquiátrico por um longo período”, explicou Cecilia Monti, a responsável pelo guarda-roupa no filme. No que diz respeito às características físicas da personagem, “pensámos num rosto longo e duro. Estudámos as vidas de vários artistas e ficámos interessados na cara de Antonin Artaud. Como Artaud, Vincent tem pele branca, olhos claros, e expressões fortes."»

Antonin Artaud na Assírio & Alvim: Heliogabalo ou o Anarquista Coroado (tradução de Mário Cesariny), 1991; Van Gogh - O Suicidado da Sociedade (tradução de Aníbal Fernandes), 2004; Eu, Antonin Artaud (tradução de Aníbal Fernandes), 2007.
Tetro, de Francis Ford Coppola, estreia na próxima quinta-feira, 19 de Novembro.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Traz outro amigo também

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Culinário 2010

Este Culinário foi feito com o prazer de quem deseja escolher o melhor, apesar de óbvias e reconhecidas dificuldades, dada a quantidade de opções existentes.
Sugere-se folheá-lo com frequência, parando aqui e ali e, de vez em quando, decidindo: é este prato que vou cozinhar. Convidar a família, os amigos e repetir esse prazer antigo de, à volta de uma mesa, durante e depois da refeição, cultivar afectos.
Procure-o na sua livraria. Se está em Lisboa, também pode encontrá-lo aqui ou na nossa livraria da Rua Passos Manuel, 67 b. Bom apetite!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Peter Handke

É duração que acontece
quando, na criança,
que já não é criança nenhuma
– talvez já seja um ancião –,
volto a encontrar os olhos da criança.

A duração não existe na pedra
antiquíssima e eterna,
mas sim no transitório,
no que é brando e sensível.

Lágrimas da duração, tão raras!,
lágrimas de alegria.

Impulsos inconstantes da duração,
que não se podem pedir
nem numa prece implorar:
estais agora reunidos e articulados
para formar o poema.

Peter Handke, Poema à Duração [tradução de José A. Palma Caetano]

Peter Handke está hoje em Portugal, no âmbito do Estoril Film Festival.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Livros Assírio & Alvim... no Chiado

A partir das 19h00 de hoje, e até ao dia 31 de Dezembro de 2009, livros, livros e mais livros no Chiado. Livros mais baratos, livros esgotados, livros impossíveis de encontrar, livros de artista, livros de tiragem limitada, e ainda, postais, cartazes e outras surpresas. Um novo projecto temporário da Assírio & Alvim no Chiado, desta vez na Rua do Carmo, 35, loja 12 (antiga Bolsera). De segunda a sexta-feira das 12h00 às 19h00, e ao sábado das 10h00 às 19h00. Visite-nos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

«Da morte livre»



«Começo pelas palavras. Desenterro livros já lidos. Vou atrás de um daqueles temas que nos perseguem, até que um dia os exorcisamos pela escrita.
[...]
Jean Améry, esse, ultrapassa toda a metafísica. Está aquém dela, como quem prepara serenamente a morte livre, escrevendo sobre ela (em 1976) como se estivesse já a «pôr a mão em si» (a suicidar-se com uma overdose de barbitúricos em 1978, num hotel de Bruxelas). Na abertura do seu livro, notável testemunho de uma morte anunciada, escreve: «Sou eu aquele que “põe a mão em si”, que morre depois de tomar barbitúricos, de os levar “da mão à boca”». O corpo assume a inevitabilidade da sua morte (não importa agora com que motivação, ou a partir de que causa), a consciência «cai em si» e traça a linha divisória entre morrer e escolher a morte. De um lado, é a morte que vem vindo e chama, e eu respondo e vou (passivamente, sem saber como). Do outro, é o agente (actor?) da morte livre que grita: «Vou saltar!». Age, é ele a falar, e a morte é a resposta. O salto é o salto para o abismo e para fora de toda a «lógica da vida» (é este momento antes do salto que, para Améry, «igualiza» todos aqueles que se decidem pela morte livre).

Ninguém que esteja «de fora» pode arrogar-se a pretensão de compreender, muito menos o direito de condenar, este salto do corpo para o além de si. Nem sequer aquele que o dá é senhor dele e o domina. «Nós somos o nosso corpo, não temos o nosso corpo», escreve Améry. Imagine-se esse «ser o corpo» em situações-limite. No limite, a mão age e o corpo, que ela não «tem», explode. É por isso que quem está de fora não pode entender o gesto livre da morte livre.»
Excerto de texto de João Barrento [ler todo AQUI]

terça-feira, 3 de novembro de 2009

«A Praia Formosa» — Lourdes Castro


A Assírio & Alvim, a Porta 33 e o Museu de Serralves convidam para
o lançamento do livro e a inauguração da exposição

Lourdes Castro
A PRAIA FORMOSA
photografias do meu avô Jacinto A. Moniz de Bettencourt
ilha da madeira

livraria assírio & alvim
dia 5 de Novembro 2009, quinta-feira, às 18h30
Rua Passos Manuel, 67 B, em Lisboa


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dobra — Lançamento


A Assírio & Alvim tem o prazer de o/a convidar para o lançamento de Dobra — Poesia reunida, de Adília Lopes, com apresentação a cargo de José Tolentino Mendonça. Amanhã, terça-feira dia 3 de Novembro, pelas 18h30, na livraria da Assírio & Alvim.
Esta será também a última oportunidade para visitar a exposição de obras e objectos da colecção de Adília Lopes, patente na galeria Assírio & Alvim apenas até amanhã.

domingo, 1 de novembro de 2009

António Sérgio - «a voz profunda»

«As visitas do Zé Pedro e principalmente do Kalu ao "Som da Frente" na Rádio Comercial nunca constituíram surpresa para mim, eram constantes depois da publicação do 79-82, e na altura mais dura de roer quando perderam o guitarrista ou ficaram sem editora. Foi nessa altura que percebi claramente que os Xutos, mais do que banda de rock, são uma autêntica unidade de combate: quando não tinham guitarrista e enquanto não aparecia outro, toca a fazerem-se à estrada em trio (apesar do Zé Pedro não ser um solista)... se não tinham editora, então vieram falar comigo para conhecer o modus operandi da indústria fonográfica para (imagine-se na altura) tentarem uma edição de autor.
Tudo acabou por se resolver, veio O Cerco com a Dansa do Som, depois o contrato com a Polygram, o trabalho com um produtor que também era músico (o Carlos Maria Trindade), o Circo de Feras, o êxito do Contentores, as tournées esgotadas e o culminar com o estrondoso (e fumarento) concerto do Pavilhão do Belenenses.
Por isso, quando após esta sucessão feliz de eventos voltei a ter uma visita do Kalu, aí sim fiquei surpreendido. E o que trazia ele na manga?
"Tu é que eras o gajo indicado para falar com a Ana Cristina e convencê-la a escrever o nosso livro. Afinal a malta já conseguiu quase tudo mas falta-nos ter um livro." O Kalu era um tipo atento, gostava muito de visitar Londres e sabia da quantidade de livros que existiam a contar as histórias de músicos, bandas, enfim a retratar dum certo modo mais arrumado as várias cenas musicais então existentes.
"Sabes, é uma fezada que eu tenho, oiço muitos textos da Cristina aqui no 'Som da Frente' e ela tem jeito." Também achava isso mesmo e logo que regressei a casa, não pude falar do recado do Kalu pois ela dormia mas escrevi um post it amarelinho com o pedido que me alegrara muito.
A Ana Cristina tinha qualidade, engenho e sensibilidade em tudo o que tinha feito para rádio, abordava com facilidade tópicos de natureza muito diferente. Acima de tudo tinha uma capacidade invulgar para transformar mesmo os temas mais "bicudos" em peças radiofónicas que captavam a "orelha" do ouvinte, abordando com facilidade tópicos de natureza distinta, enquadrando som e textos numa linguagem radiofónica própria e inovadora à época em Portugal no que se referia a música alternativa. Agora porém, surgia um novo desafio pois tratava-se de um livro.
Que eu reparasse não houve hesitações. A Ana é uma unidade à Xutos, pronta para a acção, para o combate aos atavismos, às incertezas, às dificuldades.
Quando escrevi o tal recado que coloquei na cabeceira da cama da Ana naquela noite, adormeci com uma dúvida na cabeça: como iria ela retratar e até recriar a cena musical de um país como o nosso?
O método utilizado consistiu em entrevistar os Xutos um a um e, depois em grupo de 2, 3, ou mais. Orientou as conversas, o q.b. para manter o foco e não cortar "a onda de memórias", e captou-as no gravador de cassetes Sony adquirido para o efeito. Daí resultaram intermináveis serões de captação em cassete, ao longo de muitos meses, em que o Tim, o Zé Pedro, o Kalu, o Gui e o menos palavroso Cabeleira contaram, entre gargalhadas e nostalgia mas sempre genuínos, as histórias mais pitorescas, mais ou menos picantes, com que se depararam ao longo de muitos anos de estrada. Sessões de trabalho mas acima de tudo de alegria e boa disposição.
Conhecendo a prática jornalística inglesa empregue em livros sobre grupos de rock e pop, invariavelmente figuras públicas de contornos comportamentais polémicos, como se iria contar uma (ou várias) histórias de músicos nossos amigos, com famílias próximas, até já com filhos, sem que o resultado fosse um imenso bocejo, caso se extirpassem as menções aos "berlaites", às "bubas", às noitadas, etc.
Essas dúvidas dissiparam-se face à puerilidade, à autoconfiança, afinal o carácter genuíno com que os Xutos debitaram para o gravador todo aquele quotidiano vivido no frenesim da estrada, afinal a sua razão de ser. Recentemente nas declarações de várias pessoas no 30º aniversário o Luis Montez afirmava num jornal diário que tinha conhecido nos Xutos "... a melhor malta do mundo". Percebemos o que ele queria dizer!
Mantendo a estratégia do trabalho de campo, a Ana resolveu em seguida entrevistar toda a gente (mas toda mesmo) que tivesse tido uma pontinha de contacto com eles... surgiram então o Pedro Ayres de Magalhães, o Ricardo Camacho, a Lola, o Paulo Junqueiro, o Pedro Lopes, o Vítor Silva, o José Wallenstein, enfim praticamente "todo o mundo" que tinha algo para contar, algo para opinar, qualquer coisa para celebrar e para fazer brilhar os olhos. Voltámos a perceber porquê!
Depois da gigantesca recolha e da morosa transcrição das conversas estarem concluídas, faltava arrumar aquilo tudo (e dou graças a Deus por não ter sido eu a fazê-lo). A Ana tinha tudo planeado, as peças do puzzle, por mais que variadas e de interligação difícil, encaixavam resultando num livro ágil, rápido e aliciante de se ler, digno duma banda de vivência nua e crua. Digno dos Xutos e Pontapés.
Porque se tratava não duma banda qualquer mas sim da maior banda de rock portuguesa, um punhado de músicos que munidos de inegável talento, com uma bagagem de canções notáveis e sempre capazes de comunicar com as sucessivas gerações de portugueses num simples piscar de olhos cúmplice, que pegaram a carreira de caras, cheios duma energia transbordante mas também com uma noção responsável de persistência, vinda de quem sabe que não há nem sucessos nem vitórias fáceis!
A crítica musical recebeu o livro Conta-me Histórias com apreço. Manuel Falcão considerou: "... um objecto de culto, a inauguração duma nova era do livro musical no nosso país". Pedro Rolo Duarte classificou-o como "um objecto Rock".
Para o saudoso Manuel Hermínio Monteiro, que tão sagazmente manteve a música em livro através da colecção Rei Lagarto, era uma vitória para a menina dos seus olhos... a Assírio & Alvim.
Para mim o maior motivo de orgulho é poder voltar às histórias dos Xutos neste Conta-me Histórias e ainda voltar a rir, voltar a ter gozo em relê-lo.
That's the stuff dreams are made of!
ANTÓNIO SÉRGIO
Fevereiro 2009
«Prefácio», Conta-me Histórias - Xutos & Pontapés, de Ana Cristina Ferrão.