sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lançamento do livro «Gil Heitor Cortesão - Pinturas 2002-2010»



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É já amanhã, sábado 30 de Outubro, pelas 18h00, o lançamento do livro «Gil Heitor Cortesão — Pinturas 2002-2010», na Galeria Pedro Cera. Este livro, uma co-edição entre a ADIAC e a Assírio & Alvim, estará brevemente disponível nas livrarias e inclui reproduções de obras realizadas pelo artista no decorrer do referido período, bem como dois textos da autoria de, respectivamente, Leonor Nazaré e Jean-François Chougnet, que analisam em detalhe a obra do autor.

Na Galeria Pedro Cera: Rua do Patrocínio; 67-E, em Lisboa. Não falte!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Colóquio Fiama Hasse Pais Brandão


É já amanhã, a partir das 10h30, que começa o «Colóquio Fiama Hasse Pais Brandão», na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, com a participação de Eduardo Lourenço, Jorge Fernandes da Silveira, Gastão Cruz, Maria Teresa Horta, Armando Silva Carvalho, Manuel de Gusmão, Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral, Rosa Maria Martelo, entre outros – e leituras por Luis Miguel Cintra e Luísa Cruz.

O colóquio será acompanhado por uma exposição, que revelará um lado menos conhecido de Fiama: o de artista plástica.


Também amanhã, às 18h30 e inserido neste colóquio, será lançado o livro «Âmago», uma antologia poética que, nas palavras de Gastão Cruz, «foi organizado tendo em conta, quer a minha escolha pessoal, quer as sugestões que pedi a alguns atentos e dedicados leitores da obra poética de Fiama Hasse Pais Brandão: Carlos Mendes de Sousa, Jorge Fernandes da Silveira, Maria de Lourdes Ferraz e Rosa Maria Martelo. Tive ainda em consideração as selecções feitas, em 1986 e em 1997, pela autora, para as suas "antologias próprias" intituladas F de Fiama


A entrada é livre e o programa completo pode ser consultado aqui.

Sérgio Godinho é o Poeta convidado

Sérgio Godinho é o Poeta convidado da 108ª sessão das «Quintas de Leitura», ciclo poético promovido pela Câmara Municipal do Porto, através da Fundação Ciência e Desenvolvimento, a acontecer hoje às 22hoo no Teatro do Campo Alegre, no Porto. Mais informação no blogue das «Quintas de Leitura» e aqui mais abaixo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

João Salgueiro, Henrique Neto e José Manuel Fernandes apresentam, em Lisboa (3-XI) e em Gaia (5-XI), livro de Luís Campos e Cunha


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Sérgio Godinho nas «Quintas de Leitura»

«Sérgio Godinho é o Poeta convidado da 108ª sessão das "Quintas de Leitura", ciclo poético promovido pela Câmara Municipal do Porto, através da Fundação Ciência e Desenvolvimento, a acontecer já na próxima Quinta-feira.
Relembramos que o espectáculo, intitulado "O sangue por um fio", para além de Sérgio Godinho conta com Isabel Fernandes Pinto, Rute Miranda e Miguel Ramos a lerem poemas do livro que dá nome à sessão, publicado em 2009 pela editora Assírio & Alvim.
Anabela Mota Ribeiro conversará com o Autor sobre este pequeno grande livro onde, segundo ela, "muitas coisas são ditas com uma exactidão e precisão de lâmina".
Tiago Manuel, responsável pela imagem da sessão, também participará nesta viagem de "fora para dentro dos olhos", surpreendendo-nos e emocionando-nos com as suas imagens microscópicas de corpos dissecados.
O habitual momento de performance será assinado pela "repetente" Sónia Baptista. Uma visão sensível e inesperada do universo poético de Sérgio Godinho.
A abrir a sessão, cumplicidades musicais pelo Ensemble Vocal Pro Musica - mais de 40 elementos em cena -, superiormente dirigido pelo maestro José Manuel Pinheiro.»

Informação retirada do blogue das Quintas de Leitura

Obras de Sérgio Godinho na Assírio & Alvim: O Pequeno Livro do Medos [2000] (ilustrações de Sérgio Godinho), 55 Canções de Sérgio Godinho - Partituras, letras, cifras [2007], O Sangue Por Um Fio - Poemas [2009] (desenhos de Tiago Manuel). Sobre Sérgio Godinho: Retrovisor - Uma biografia musical de Sérgio Godinho [2006], de Nuno Galopim.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

José Augusto Mourão apresenta «A Noite Abre Meus Olhos»

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Leitura de poemas por Jorge Vaz de Carvalho (barítono, tradutor do livro Canções de Inocência e de Experiência, de William Blake, Assírio & Alvim, 2009).

domingo, 24 de outubro de 2010

«Um chá no Sahara»

«Chegou a Tânger ao meio-dia e foi direito a casa». É assim que começa o primeiro dos contos de A Missa do Galo, precisamente o que dá o título ao livro. Foi quase assim que aconteceu comigo quando, há cerca de um ano, me desloquei a essa cidade mítica e cosmopolita para entrevistar Paul Bowles. Era um desejo de há muito, desde que lera The Sheltering Sky, o seu romance de maior fôlego, que agora, pela mão, ou melhor, pelo olhar de Bertolucci, o vai certamente tornar conhecido em todo o mundo.
Cheguei a Tânger sem saber onde morava. Mas não foi difícil encontrá-lo. Paul Bowles, «lécrivain américain», chamam-lhe, faz parte da cidade e não se pode falar de Tânger sem referir o seu nome. Vive num vulgar prédio cinzento, típico de subúrbio, alguns vidros partidos, junto à Rádio Voz da América, edifício do ex-consulado americano. Recebe entre as cinco e as seis da tarde, à hora do chá. É Mohamed Mrabet, amigo de longa data, também escritor, que Bowles divulgou traduzindo as suas obras para o inglês, que nos vem abrir a porta. Apresentações feitas, Bowles chega à porta e cumprimenta-nos. Veste um blaser azul-marinho, camisa e gravata. Ainda antes de entrar passo-lhe para a mão dois exemplares da tradução portuguesa de The Sheltering Sky. (Mais tarde escreveu-me a dizer que tinha gostado muito do livro.) Viengam sentarse. Que lengua quieren ustedes hablar? Bowles fala fluentemente o espanhol, o francês e o árabe, para além, é claro, do inglês. Quando aqui se instalou, Tânger era um porto internacional, governado por oito países europeus e com três línguas oficiais - francês, espanhol e árabe.
As malas de viagem empilhadas no hall fazem-nos lembrar que este homem foi um inveterado viajante (quando ainda havia um sentido para a viagem, quando se podia viajar de barco, agora não, os aeroportos são uma coisa muito confusa). Na sala, tapetes berberes e almofadas que se espalham sobre o chão, onde nos sentamos, uma enorme estante com livros, duas mesas baixas. Na varanda, uma mancha verde de plantas envolve-nos numa doce e fresca penumbra que contrasta com o calor sufocante que faz lá fora.
Bowles começa por nos falar de como saiu dos Estados Unidos, aos 18 anos, «Paris era uma festa», só para conhecer gente. Gertrude Stein convenceu-o então de que não era poeta (os seus poemas tinham sido publicados em França e na Bélgica) e de que devia ir a Tânger. Que acabaria por escolher para ficar. Ou como ele diz, não escolheu, foi um acaso, como tudo na sua vida. Um pouco por inércia, ou por ser barato. Ou permissivo. Viajou por todos os continentes, «without stopping», teve uma ilha no Ceilão, a Taprobana, que foi obrigado a vender, conheceu meio mundo das artes e das letras (Tennessee Williams bateu-me à porta em Acapulco, Vidal apareceu-me em Tânger duas ou três vezes, Burroughs, Francis Bacon, Auden, etc., etc.). Como as suas obras não falam sobre «o maior e o melhor país do mundo» - os Estados Unidos - e não escreveu sobre «o maior de todos os temas humanos» - a experiência americana - (Gore Vidal dixit) ele é pouco conhecido nos Estados Unidos. Isso está a mudar. Bertolucci acaba de rodar The Sheltering Sky (O Céu que nos Protege), onde o próprio Bowles tem um pequeno papel. As traduções da sua obra multiplicam-se. Os jornalistas não param de bater à porta para o entrevistar.
Mas Paul Bowles, oitenta anos feitos, é um americano (in)tranquilo no seu apartamento da rue des Amoureux, de onde pouco sai. Publicou há cerca de dois anos um novo livro de contos, mas tem-se dedicado sobretudo à música, a sua paixão primeira. Uma hora de conversa começa a deixá-lo cansado, ainda que continue a responder solícito às nossas perguntas. Mrabet fuma calmamente o seu cachimbo de "kif", sentado no divã. Manteve-se calado durante toda a conversa, só no final, quando Bowles nos mostrava a edição brasileira de Up Above de World, referiu que o seu livro The Lemon também tinha sido traduzido no Brasil. São quase seis horas, Mr Bowles terá de se deitar daqui a pouco, o médico mandou. Tem de ser assim.

António Costa

No momento em que acabou de se realizar, em Lisboa, uma iniciativa internacional - Do You Bowles? - celebrativa do centenário do nascimento de Paul Bowles [30/XII/1910 - 18/XI/1999), julgamos oportuno recordar o texto «Um chá no Sahara», de António Costa, que também participou naquele evento, publicado n' A Phala nº 19, de Julho / Agosto / Setembro / 1990. Na introdução a este texto podemos ler: «"Exilado" há mais de quarenta anos em Marrocos, Paul Bowles, escritor americano, oitenta anos de idade, começa a ser redescoberto nos Estados Unidos e na Europa. Bernardo Bertolucci acaba de filmar o seu romance The Sheltering Sky (tradução portuguesa: O Céu que nos Protege, Assírio & Alvim, 1989), a estrear no início da nova temporada. As traduções das suas obras multiplicaram-se, assim como as entrevistas. Vamos agora publicar o volume de contos A Missa do Galo, com tradução de José Agostinho Baptista. "Os seus contos estão entre os melhores que alguma vez se escreveram", disse Gore Vidal. António Costa procurou e encontrou o escritor na sua casa em Tânger. Do chá, da conversa e do ambiente, o testemunho...»

Obras de Paul Bowles na Assírio & Alvim: O Céu que nos Protege (Tradução de José Agostinho Baptista, colecção «O Imaginário»); A Missa do Galo (Tradução de José Agostinho Baptista, colecção «O Imaginário»); Deixa a Chuva Cair (Tradução de Ana Maria de Freitas, colecção «O Imaginário»); Por Cima do Mundo (Tradução de David Antunes e Sara E. Eckerson, colecção «O Imaginário»); Poemas (Tradução de José Agostinho Baptista, colecção «Documenta Poetica»); Memórias de Um Nómada (Tradução de José Gabriel Flores, colecção «Testemunhos»).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

João Barrento* apresentou «Anthero, Areia & Água»

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Por impedimento de José Tolentino Mendonça, inicialmente anunciado (conforme convite acima), coube a João Barrento a apresentação do novo livro de Armando Silva Carvalho. A sessão contou com a presença de muitos leitores e amigos que encheram a sala da Assírio & Alvim Livros, no Chiado. O nosso obrigado a todos. Um obrigado muito especial a João Barrento.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Eduardo Lourenço apresenta «O Género Intranquilo»

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lançamentos na Assírio & Alvim Livros, no Chiado

Já na próxima quinta-feira, dia 21 de Outubro, faremos o lançamento do mais recente livro de João Barrento, «O Género Intranquilo», com apresentação de Eduardo Lourenço, e a presença do Autor.

No dia seguinte, sexta-feira 22 de Outubro, lançaremos o livro de Armando Silva Carvalho, «Anthero, Areia & Água», que será apresentado por José Tolentino Mendonça.

Na segunda-feira, 25 de Outubro faremos o lançamento da nova edição do livro de José Tolentino Mendonça, «A Noite Abre Meus Olhos», apresentado por José Augusto Mourão.

Todos estes lançamentos começarão às 18h30 na Assírio & Alvim Livros, no Chiado. Será servido um pequeno cocktail.




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«A Noite Abre Meus Olhos» no Chiado (alteração de data)

Informa-se que, por motivos imprevistos e de força maior, a apresentação do livro A Noite Abre Meus Olhos, de José Tolentino Mendonça, anunciada para hoje às 18h30 na Assírio & Alvim Livros (Chiado), fica adiada para a próxima segunda-feira, dia 25 de Outubro, à mesma hora e no mesmo local. Aqui deixamos o nosso pedido de desculpas e um renovado convite à sua participação.

domingo, 17 de outubro de 2010

Aves de Portugal

Aves de Portugal — Ornitologia do território continental pretende constituir-se como uma referência incontornável na ornitologia portuguesa. Este trabalho, que é simultaneamente o mais abrangente e o mais exaustivo alguma vez feito sobre a avifauna de Portugal Continental, é o resultado de décadas de experiência de campo dos autores e de uma pesquisa dirigida de mais de 10 anos. Essa pesquisa permitiu recolher informação sobre a ocorrência de mais de 450 espécies de aves. A situação passada e presente de cada uma delas é descrita em pormenor ao longo das 943 páginas que compõem a obra, que é suportada por mais de 1500 referências bibliográficas.
O livro contém ainda uma descrição dos principais habitats do país, bem como uma resenha histórica da ornitologia nacional que apresenta grande quantidade de dados inéditos e que constitui a primeira abordagem global a este assunto alguma vez escrita. Disponibiliza também a primeira compilação exaustiva de aves anilhadas recapturadas em Portugal, com um total de mais de 9000 registos.
Para ilustrar a obra foram elaboradas 50 ilustrações, na sua maioria inéditas, de grande qualidade estética. Foram incluídas também 154 imagens da autoria de diversos fotógrafos portugueses, tendo ainda sido elaborados vários gráficos que permitem sintetizar informação relevante sobre algumas espécies.

Autores: Paulo Catry, Helder Costa, Gonçalo Elias e Rafael Matias
Colecção: Deméter 9 /
Formato: 17 x 24 cm /edição encadernada / 944 páginas
ISBN: 978-972-37-1494-4 / PVP: 38,00


Chegada prevista às livrarias: final da semana de 18-22 de Outubro de 2010.

sábado, 16 de outubro de 2010

Saudades de Adriano e de Zeca



Adriano Correia de Oliveira [Avintes, 9-IV-1942 - Avintes, 16-X-1982] e Zeca Afonso [Aveiro, 2-VIII-1929 - Setúbal, 23-II-1987], in Viriato Teles, As Voltas de Um Andarilho - Fragmentos da vida e obra de José Afonso, Assírio & Alvim (2ª edição revista e aumentada), 2009.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

«A Noite Abre Meus Olhos» no Chiado

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

«Os poetas, os mágicos, os malucos»

«Pascoaes dá conta da exclusão do poeta, na medida em que este, mágico da palavra, penetra o futuro e perturba a consciência estática, no caso de poder haver uma consciência deste tipo. A função principal do poeta reside na sua capacidade de transformar o presente, de pôr em evidência o sentido oculto das coisas, dizendo a palavra ainda incerta do futuro com a certeza do homem que não pode ser retido pela fragmentação do quotidiano. Podia pensar-se que a atenção prestada ao residual reduzia a sensibilidade do poeta, e por consequência a sua capacidade de pre-visão: na realidade, verificamos que se o poeta pode efectivamente pre-vêr, é por ser o único capaz de "ler" e "ver" os pequenos incidentes que fornecem as indicações úteis para definir a orientação geral dos homens. O poeta antecede o homem, e antecipa-se no devir.»

In Memoriam de Alfredo Margarido [1928-2010]

In «Introdução» [pp. VII-LVIII], O Bailado, de Teixeira de Pascoaes, Assírio & Alvim, 1987, p. XXVIII.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

5 Livros 5 Autores, no Chiado

Está a decorrer, integrada na 14.ª edição da Festa no Chiado, a iniciativa «5 Livros 5 Autores», organizada pelo Centro Nacional de Cultura. Amanhã, quarta-feira dia 13 de Outubro, decorrerá uma sessão onde Ricardo Vasconcelos falará do seu livro «Campo de Relâmpagos — Leituras de Excesso na Poesia de Luís Miguel Nava», editado pela Assírio & Alvim. Pelas 19h00, no Círculo Eça de Queiroz (Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 4, ao Chiado). A entrada é livre, não falte!

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«Cinco Livros, Cinco Autores» é um conjunto de tertúlias que decorrem ao final da tarde, inseridas na programação da Festa no Chiado, nas quais os autores de obras literárias, ou alguém por eles, as apresenta ao público que pode interpelar directamente os autores, havendo ainda lugar a sessão de autógrafos.
Na segunda feira, dia 11 de Outubro pelas 18h45, Isabel Fernandes conversará no Grémio Literário sobre Adoecer, de Hélia Correia, com a própria autora. Em seguida, Guilherme d’Oliveira Martins comentará Os dias e os anos, 1970-1993, de Marcello Duarte Mathias, também com a presença do autor.
Inversos, de Ana Luísa Amaral, será abordado pela autora e por Isabel Allegro Magalhães na 4ª feira dia 13, pelas 19h, no Círculo Eça de Queiroz. Na mesma sessão, Ricardo Vasconcelos e o poeta e crítico António Carlos Cortez apresentam a obra Campo de Relâmpagos – leituras de excesso na poesia de Luís Miguel Nava. Segue-se a apresentação de História de Portugal I – Donde viemos, de António Borges Coelho, com o autor e o Professor José Eduardo Franco.

«Cinco Livros, Cinco Autores»

Segunda-feira, 11 de Outubro
18h45
Grémio Literário – Rua Ivens, 37

Ø Adoecer, de Hélia Correia. Com Hélia Correia e Isabel Fernandes.
Ø Os dias e os anos, 1970-1993, de Marcello Duarte Mathias. Com Marcello Duarte Mathias e Guilherme d’Oliveira Martins.


Quarta-feira, 13 de Outubro
19h00
Círculo Eça de Queiroz – Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 4

Ø Inversos, de Ana Luísa Amaral. Com Ana Luísa Amaral e Isabel Allegro Magalhães.
Ø Campo de Relâmpagos – leituras de excesso na poesia de Luís Miguel Nava, de Ricardo Vasconcelos. Com Ricardo Vasconcelos e António Carlos Cortez.
Ø História de Portugal I – Donde viemos, de António Borges Coelho. Com António Borges Coelho e José Eduardo Franco.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Exposições de Bárbara Assis Pacheco

Aproxima-se o encerramento das exposições O Rei das Peles e Comer · Ser Comido · Comer · Ser Comido · Comer · Ser Comido, de Bárbara Assis Pacheco, já no próximo dia 14 de Outubro, quinta-feira, pelas 19h00. Haverá uma pequena festa de encerramento, com a presença da autora, na livraria Assírio & Alvim na Rua Passos Manuel, 67-b, em Lisboa. Contamos com a sua presença.


comer · ser comido · comer · ser comido · comer · ser comido

s/título,2008, 15x40cm, tinta da china e aguarela s/papel


«É uso exigir-se que os machos satisfaçam aos seguintes caracteres: cabeça grande e grossa, faces proeminentes, orelhas compridas e largas, olhar muito vivo, peito largo, corpo bem proporcionado e musculôso, pêlo basto e luzidio, movimentos vigorosos, ousados e ardentes em presença das fêmeas. Não me parece, porém, que todas estas exigencias sejam inteiramente racionaes.»


Livraria Assírio & Alvim / Rua Passos Manuel nº67-b; Lisboa

de 2ª a 6ª das 10h às 13h e das 14h às 19h



O Rei das Peles



Há dois anos deram-me algumas coisas de uma loja de peles de Lisboa que tinha fechado, «O Rei das Peles»: uns crâneos de cartão, giz azul e branco, carimbos e um dossier de contabilidade. Neste dossier havia folhas A4 escritas à mão, datadas dos anos setenta, a dar conta da vinda de peles da Rússia, de Londres, do Canadá, com preços e quantidades. E ao percorrer essas folhas somos confrontados com a enorme quantidade de peles (=animais mortos) em tão pouco tempo para uma só loja do mundo. O trabalho que fiz com o mesmo nome — «O Rei das Peles» — foi desenhar sobre esses papéis.

BAP, 2009


Livraria Assírio & Alvim / Rua Passos Manuel nº67-b; Lisboa

de 2ª a 6ª das 10h às 13h e das 14h às 19h


«O REI DAS PELES»,


«Há dois anos deram-me algumas coisas de uma loja de peles de Lisboa que tinha fechado, “O Rei das Peles”: uns crâneos de cartão, giz azul e branco, carimbos e um dossier de contabilidade. Neste dossier havia folhas A4 escritas à mão, datadas dos anos setenta, a dar conta da vinda de peles da Rússia, de Londres, do Canadá, com preços e quantidades. E ao percorrer essas folhas somos confrontados com a enorme quantidade de peles (= animais mortos) em tão pouco tempo para uma só loja do mundo. O trabalho que fiz com o mesmo nome - “O Rei das Peles” – foi desenhar sobre esses papéis.» BAP, 2009

EXPOSIÇÃO DE BÁRBARA ASSIS PACHECO
13 de Julho - 14 de Outubro de 2010

Livraria Assírio & Alvim
Rua Passos Manuel, 67 B - 1150-258 Lisboa
de 2ª a 6ª das 10h às 13h e das 14h às 19h
{encerra de 31 de Julho a 15 de Agosto}

[250 euros cada desenho]

«COMER - SER COMIDO - COMER - SER COMIDO - COMER - SER COMIDO»


«É uso exigir-se que os machos satisfaçam aos seguintes caracteres: cabeça grande e grossa, faces proeminentes, orelhas compridas e largas, olhar muito vivo, peito largo, corpo bem proporcionado e musculôso, pêlo basto e luzidio, movimentos vigorosos, ousados e ardentes em presença das fêmeas. Não me parece, porém, que todas estas exigencias sejam inteiramente racionaes.»

EXPOSIÇÃO DE BÁRBARA ASSIS PACHECO
13 de Julho - 14 de Outubro de 2010

Livraria Assírio & Alvim
Rua Passos Manuel, 67 B, 1150-258 Lisboa
de 2ª a 6ª das 10h às 13h e das 14h às 19h
{encerra de 31 de Julho a 15 de Agosto}

[1oo euros cada desenho]

Outros desenhos desta série estão expostos nas livrarias Poesia Incompleta (Rua Cecílio de Sousa, 11- Lisboa), até 31 de Julho, e Carpe Diem (Rua de O Século, 79 - Lisboa), até 31 de Agosto.

domingo, 10 de outubro de 2010

10.10.10

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

2 «Gato Maltês» + 2 «Alfinete»


Brevemente na sua livraria.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

«Um Arco Singular»

«_____________ a primeira imagem do Diário não é, para mim, o repouso na vida quotidiana, mas uma constelação de imagens, caminhando todas as constelações umas sobre as outras. Qualquer aprendiz imagético, quando sobe ao meu quarto e atravessa o meu escritório, tem o sentimento de que “um belo lixo de imagens se criou aqui”. Se for menos inocente dirá: “que belo luxo de imagens”. Eu diria: aqui está a raiz de qualquer livro.»


«[…]
Uma palavra ainda sobre o título encontrado para este segundo volume: o “arco singular” que nele se traça (sugerido pela leitura de Rilke) é múltiplo, e será decisivo para o resto da vida e da escrita de Maria Gabriela Llansol. Esse arco vai do entusiasmo inicial da experiência cooperativa de trabalho e ensino à desilusão final dessa vivência, tão típica de uma época de ideais alternativos e de contradições. É o arco da tensão crescente entre as imposições da sobrevivência e a “sobrevida” que só a escrita demais dois livros pode trazer, os que ocupam grande parte destes cadernos e deste período (A Restante Vida e Na Casa de Julho e Agosto). É o arco que vai da matéria medieval, e fascinante, do universo de beguinas, cátaros, gnósticos e alquimistas à descoberta da escrita e da existência de outras mulheres, escritoras do mesmo século XX, e grandes revelações, como Virginia Woolf e Katherine Mansfield. É, em termos de quotidiano estrito, o arco que vai da saída de Lovaina e do seu mundo mais cosmopolita à aparente felicidade da vida mais tranquila na casa de Jodoigne (que evoca vagamente a da infância, e por isso é objecto de tanta atenção) e ao anúncio da saída para o isolamento ainda maior de Herbais, que proporcionará finalmente uma existência quase exclusivamente preenchida pela escrita. O “arco singular” que este livro dá a ver é, enfim, o de uma linha parabólica sempre bidireccional e tensa, com um vórtice em cima e outro em baixo, entre os quais se desenrola o percurso de um ser de escrita que, como dirão mais tarde as últimas palavras de O Senhor de Herbais, sendo como poucos singular, nunca seria “uma singularidade vã”.»

João Barrento e Maria Etelvina Santos, na «Introdução»


Brevemente na sua livaria
Selecção, Transcrição, Introdução e Notas: João Barrento e Maria Etelvina Santos
Colecção: Arrábido 8 / Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada / 288 páginas
ISBN: 978-972-37-1544-6 / PVP: 18,00

domingo, 3 de outubro de 2010

Anatomia do ensaio e do fragmento


«Em cada ensaio genuíno há bolsas de silêncio, suspensões da significação, bolhas em que o leitor pode respirar, interrogar, espantar-se, adivinhar. É “o texto inesgotável das nossas contradições” (Diderot), eterno preâmbulo que abre o apetite, cria o desejo – e o suspende.»


«Arrumo os fragmentos segundo uma ordem possível, afino a escrita, aparo a acutilância do conceito, tento um princípio organizativo que evidencie a progressão da experiência, do fenómeno – disseminado, anárquico – para a ideia –, concisa, fulguração a caminho de uma síntese. Acorrem primeiro imagens, metáforas produtivas, a palavra-maná que alimenta o delírio conformável a uma qualquer tecitura. Depois, pouco a pouco, o aglomerado informe poderá ir-se consolidando, convergindo para definições lapidares, provisórias, feixe de energia irradiante que permite ao pensamento ir progredindo. No acto de fruição dessas imagens – como alguém disse de um praticante do ensaio tão especial como Walter Benjamin – o sujeito vive-se já como ensaísta que soberanamente domina o mundo e que, no caleidoscópio do seu texto, faz fulgurar sempre novas conexões.
(Poderá o ensaio sobre o ensaio ser, ele próprio, uma demonstração viva de uma teoria ou fenomenologia do ensaio? Pode pelo menos, a cada momento, dar a ver ao leitor o lugar onde está, o patamar a que acedeu, o caminho que segue.)»

João Barrento

Brevemente na sua livraria.
Colecção: Peninsulares 96 / 14,5 x 20,5 cm, edição brochada / 160 páginas
ISBN: 978-972-37-1495-1 / PVP: 14,00

sábado, 2 de outubro de 2010

Amigos da Assírio

(clicar na imagem)

«‎5.014 pessoas gostam disto»
[hoje, 2 de Outubro de 2010],

depois de uma primeira página que atingiu 5.000 amigos em cerca de dois meses.

Obrigado e traz outros amigos também!

«O Anjo da História»


«[…]
Há um quadro de Klee intitulado Angelus Novus. Representa um anjo que parece preparar-se para se afastar de qualquer coisa que olha fixamente. Tem os olhos esbugalhados, a boca escancarada e as asas abertas. O anjo da história deve ter este aspecto. Voltou o rosto para o passado. A cadeia de factos que aparece diante dos nossos olhos é para ele uma catástrofe sem fim, que incessantemente acumula ruínas sobre ruínas e lhas lança aos pés. Ele gostaria de parar para acordar os mortos e reconstituir, a partir dos seus fragmentos, aquilo que foi destruído. Mas do paraíso sopra um vendaval que se enrodilha nas suas asas, e que é tão forte que o anjo já as não consegue fechar. Este vendaval arrasta-o imparavelmente para o futuro, a que ele volta costas, enquanto o monte de ruínas à sua frente cresce até ao céu. Aquilo a que chamamos o progresso é este vendaval.»

Walter Benjamin


Brevemente na sua livraria.
Tradução: João Barrento / Colecção: Obras de Walter Benjamin 4 / 224 páginas /
ISBN: 978-972-37-1361-9 / PVP: 17,00

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Poesia Chinesa

«O que entende a China de si mesma hoje, e o que abandona, consome e recicla a partir dos séculos XIX e XX? O que será deste famigerado “encontro” entre um Ocidente — mas não só — e a única civilização que radicalmente difere de nós e se mantém continuada e eficazmente viva?»

«Esta antologia é panorâmica e representativa, embora pessoal. A poesia chinesa é uma massa gigantesca: tem aqui uma gota de água, um breve leque para podermos ver-lhe a grandeza. Optamos por escolher poetas mas também poemas, embora não se tivessem explorado áreas que só recentemente no Ocidente foram mais trabalhadas (referimo-nos à poesia posterior ao século XVII).
[…]
Partindo do Livro dos Cantares e terminando com um dos últimos grandes poetas da China, Nara Singde [Nalan Xingde], a antologia cobre os principais géneros, autores e modos. Excluíram-se nomeadamente o fu e o poema longo (li sao) por questões de espaço. Figuram vários poemas anónimos e canções populares, que são um dos tesouros mais vivos desta poesia. A decisão de terminar com Nalan Xingde poderá parecer controversa. Ela deve-se, no entanto, a uma opção. É que, e embora conheça a poesia deste período relativamente mal, ela entra efectivamente em declínio, passando a vitalidade desta cultura para a pintura, um Shitao (1641-c.1710 ou 1720) por exemplo, para o romance, Shitouji (A História da Pedra), mais conhecido por o Sonho do Pavilhão Encarnado (Hongloumeng), ou para a historiografia, caso de Zhang Xuesheng (1738-1801). Além de que o poeta manchu é um digno fecho, e um certo romantismo seu anuncia aquele outro que a Europa, em breve, veria. Mas este encontro fica para outra vez.»

Gil de Carvalho [selecção e tradução]


Brevemente na sua livraria.

Colecção: Assíria 3 / 16 x 23 cm, edição brochada com badanas / 440 páginas

ISBN: 978-972-37-1341-1 / PVP: 22,00


«Publicamente»


«Luís Campos e Cunha tem contribuído determinadamente para uma melhor informação crítica, avaliando a situação nacional e os seus desafios positivos e negativos, não só no âmbito da economia e das questões fiscais e orçamentais, mas também nos contextos mais alargados da vida política e partidária, dos sistemas de ensino, da justiça, da Administração Pública ou dos grandes projectos. As suas reflexões têm alimentado uma prática de debate, esclarecimento e intervenção.»

Do «Prefácio», João Salgueiro

«Os textos aqui reunidos são produto da reflexão de ume conomista interessado e empenhado na vida pública — não são os de um político. E são tambémos textos de um académico que entende que o conhecimento não é para ficar fechado nas Universidades ou encerrado em míticas “torres demarfim”. […]
Para Luís Campos e Cunha a sua independência é mais importante do que as suas conveniências, e o que diz e escreve resulta daquilo que pensa, e não de sopesar as consequências de cada palavra antes de a omitir. Oque, num liberal, é sinal de coerência. […]
Tendo estado quase sempre próximo do PS, Luís Campos e Cunha é mais liberal — em termos económicos — do que a maior parte dos políticos e dos economistas portugueses, mesmo os que se situam bem para a sua direita. Liberal também no que toca às questões sociais — mas sem esquecer que mais liberdade nos costumes implica mais responsabilidade nos actos —, não se encaixa bem nas gavetinhas em que, habitualmente, os polícias sinaleiros do espaço público gostam de arrumar quem tem ideias próprias e é escutado pelos seus concidadãos.
Também não vou por isso cair na tentação de o classificar, até porque isso não é o mais importante. Como se pode comprovar ao reler o que escreveu ao longo dos últimos três anos, a sua diferença é feita por uma heterodoxia enformada por uma sólida formação económica. Luís Campos e Cunha não é por isso nem um economista que não sabe abordar outros temas, nem um curioso que escreve no vento que sopra e na direcção em que este sopra.»

Do «Posfácio», José Manuel Fernandes

Luís Campos e Cunha doutorou-se na Columbia University, em 1985, onde foi aluno de professores notáveis em economia internacional e macroeconomia, mantendo ainda hoje relações pessoais de amizade com Ron Findlay, Jagdish Bhagwati e dois «prémios Nobel», Ned Phelps e Bob Mundell — o «pai» do euro.
Nos cinco anos de Nova Iorque, a sua experiência de viver em Manhattan foi tão importante para a sua vida, como o doutoramento para a sua carreira académica. Foi aí que passou a apreciar a arte contemporânea, tendo estudado pintura, nas horas vagas, com Susan Wilmarth, de quem também ficou amigo para a vida. Participou, nessa altura, em duas exposições, nomeadamente na colectiva «Young Artists of Columbia University».
Da vivência nova-iorquina ficou-lhe o sentido de responsabilidade e de direitos de cidadania, que estão sempre presentes nos textos que escreve. E desde cedo teve intervenção cívica mais ou menos regular nos jornais, datando o seu primeiro texto de finais de 1974, no Expresso, e participou na coluna «Mão Invisível » do Semanário, em meados dos anos 80.
Actualmente é professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (da qual foi director), é vice-presidente da Fundação de Serralves, está ligado ao banco Banif e é presidente da Sedes. Foi vice-governador do Banco de Portugal, de 1996 a 2002, onde passou a conhecer melhor a maneira de ser dos europeus e esteve no centro da transição para o euro. Foi ministro de Estado e das Finanças em 2005, demitindo-se ao fim de poucos meses.


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ISBN: 978-972-37-1527-9 Preço sem IVA: 20,75 € / P.V.P.: 22 €